"Quiseram cercar meu carro e me agredir", diz humorista após confusão em MG
O show do humorista Gustavo Mendes, conhecido principalmente por interpretar a ex-presidente Dilma Rousseff, na cidade mineira de Teófilo Otoni era para ter sido marcado pelos risos, mas acabou virando polêmica quando pessoas da plateia e o comediante começaram a discutir por questões políticas na noite da última sexta-feira (30). Após a confusão, ele conversou com o Blog do Leo Dias e afirmou que o episódio deu mais força para ele continuar levando alegria ao país. Gustavo também mostrou gratidão ao contar que recebeu o apoio de colegas de profissão como Maurício Meirelles, Pedro Cardoso, Miguel Falabella e até de humoristas apoiadores da direita, como Jonathan Nemer.
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"Eu sofri uma tentativa de boicote de partidos de extrema-direita. Durante o show, um grupo de cerca de 30 pessoas gritava "mito" e coisas em apoio ao Bolsonaro. Eles estavam atrapalhando quem queria ouvir o show e foram na intenção de causar confusão. Eu ouvi gritos do tipo "eu paguei para ouvir piada e não ouvir politica". Eu não falo de politica na minha apresentação, eu faço piada. Eu nem tinha falado nada e estavam gritando isso, ou seja, chegaram com grito pronto", conta Gustavo Mendes, que chegou a discutir com o grupo e mandou que quem não estivesse satisfeito saísse que ele devolveria o dinheiro do ingresso.
Gustavo é famoso por interpretar a ex-presidente Dilma Rousseff de forma cômica no YouTube e no extinto programa da Band "Agora é tarde". Ele já a defendeu em diversas ocasiões nas redes sociais. Apesar da polêmica, a apresentação foi até o fim e o humorista tirou fotos com a plateia que ficou até o encerramento. Como forma de homenagear a cidade e tirar uma boa lembrança do episódio, o comediante ganhou um cachorro neste sábado (31) e batizou o animal de "Teófilo":
"Eu estou bem e seguro. Sigo em Minas aproveitando minha família. Sei que esse grupo é uma minoria fascista que nem representam os eleitores do Bolsonaro. Há eleitores do Bolsonaro e fascistas, que por coincidência também votaram nele. Depois desse triste episódio, eu segui o show até o final com a casa lotada. Mais tarde fui saber que quiseram me agredir, ficaram me esperando na saída e iriam cercar meu carro. Agradeço muito à Polícia Militar que conseguiu resolver a situação, que é nova no Brasil, é uma polarização agressiva".
Apesar do clima tenso, com vídeos que inundaram as redes sociais mostrando uma discussão áspera entre Gustavo e o grupo, o humorista garante que não ficará com medo ao seguir em turnê com sua apresentação:
"Não ficou assustado e me sinto seguro no palco. Eu estava com microfone na mão e essas pessoas saíram de cabeça baixa. Nunca vou deixar de fazer nem falar nada, o palco é um santuário sagrado para o artista. Isso me dá mais forças para continuar, quero fazer rir e espalhar a mensagem da democracia. Não vou aceitar fascistas virem com ideias maldosas e tentativa de censura".
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