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Felipe Araújo: "Prometi a mim que nunca deixarei que esqueçam o Cristiano"

Leo Dias

08/09/2019 13h41

Felipe Araújo (Foto: Divulgação)

Em apenas quatro anos de carreira solo, desde 2015 – após a morte de Cristiano Araújo, seu irmão, em um trágico acidente de carro – o sertanejo Felipe Araújo vem se tornando um grande fenômeno da música sertaneja. Já são três DVDs gravados, o mais recente em Brasília, que ainda será lançado, uma média de 22 shows por mês, e hits, como "Atrasadinha", que ultrapassam 500 milhões de visualizações nas plataformas digitais.

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O Blog do Leo Dias acompanhou a gravação de seu novo DVD e conversou com o cantor sobre seu rótulo de "fenômeno" – algo que ele aceita, mas considera que não foi do dia pra noite todo esse sucesso. Aos 24 anos, ele tem como maior referência seu irmão, Cristiano, a quem prometeu nunca ser esquecido e homenageia em todos seus shows.

Pai de um menino, Miguel, de pouco mais de 6 meses, fruto do relacionamento com uma ex-namorada, Felipe Araújo não tem sonhos ainda de se casar ou de ter mais filhos, mas sabe bem onde quer chegar profissionalmente. Ele almeja grandes palcos. "Se eu for escolher um palco que ainda quero me apresentar é o Maracaná. Já pensou eu cantando lá, com uma multidão? Isso sim seria um sonho", diz ele que também não descarta o plano de uma carreira internacional.

Ainda falando de números, Felipe tem mais de 350 milhões de visualizações com o hit "A Mala é Falsa", o mesmo número com "Amor da sua cama" e 150 milhões com "Espaçosa Demais". Sua nova aposta de sucesso é "Hoje eu vou beber", uma canção com aquele refrão chiclete que promete conquistar altos números nas plataformas.

Leia na íntegra a entrevista com Felipe Araújo:

BLOG DO LEO DIAS – É comum ouvir por aí que você é um "fenômeno", por alcançar tantos hits em tão pouco tempo de carreira solo. Você deixou de ser o "irmão do Cristiano" para marcar seu nome na música. Como você encara isso?

FELIPE ARAÚJO – As pessoas costumam dizer que sou um fenômeno, mas já tenho oito anos de carreira. Porém o meu trabalho solo, depois de eu ter cantado com duas duplas, começou mesmo, somente em 2015. Pouco tempo depois já gravei um DVD com várias participações incríveis, já tive músicas que tocaram demais. Acho que por conta da velocidade que as coisas estão acontecendo na minha vida, as pessoas têm me chamado de 'fenômeno'. Mas eu não encaro desta forma, acredito que ainda falta muito e eu tento me dedicar todos os dias, fazer meu melhor todos os dias. Tenho muita vontade de realizar alguns sonhos que ainda não realizei. Mas tenho certeza que está tudo certo, tudo sendo muito bem construído. Pouco a pouco. Estou construindo meu castelo tijolinho por tijolinho.

E nesta construção da carreira o seu irmão, Cristiano Araújo, será sempre referência, certo?

Com certeza. Eu cresci ouvindo o Cristiano cantar, nasci e ele já cantava. Cresci ouvindo as músicas dele, acompanhando ele nos bares em Goiânia. Ele sempre foi meu principal incentivador, meu melhor amigo. Tenho certeza que ele está bastante orgulhoso de tudo que está acontecendo na minha carreira. Ele vai ser pra sempre minha principal referência e meu maior motivo de orgulho.

Felipe Araújo (Foto: Dilson Silva /Agnews)

Por isso você segue homenageando ele em todos os seus shows? 

Sempre faço homenagens ao Cristiano nos meus shows porque eu prometi a mim mesmo que nunca deixarei que as pessoas esqueçam quem ele foi e a referência que ele é pra mim. Só de subir no palco e cantar, dar orgulho para meus pais, já é uma homenagem pra ele. A referência dele corre nos meus sonhos todos os dias.

Quais são seus sonhos profissionais e pessoais?

Já realizei muitos sonhos profissionais, como recentemente cantar em Barretos. Foi incrível e uma experiência que eu queria e precisava viver. E meus sonhos profissionais vão todos neste sentido, em me apresentar em grandes palcos, seja no Brasil ou fora. Seria um sonho também poder levar a minha música pra fora do Brasil. Mas se eu for escolher um palco que ainda quero me apresentar é o Maracaná. Já pensou eu cantando lá, com uma multidão? Isso sim seria um sonho. E sobre sonhos pessoais, acredito que eles vão muito neste sentido também, de realização. Eu não tenho no momento planos de ter mais filhos ou casar. Estou solteiro, né? Quem sabe quando encontrar a mulher certa, mas quero realizar grandes coisas na minha vida, só tenho 24 anos e tenho certeza que isso será possível.

Por que a escolha de Brasília para seu terceiro DVD?

Brasília sempre me recebeu com muito carinho. O povo brasiliense, do Distrito Federal, sempre me recebeu com muita energia. O projeto 'Na Praia' também é um grande parceiro deste meu DVD. Eles têm uma iniciativa muito legal, de ser o maior evento sustentável do mundo. Escolhi Brasília também por conta da natureza, esse lago lindo [o Lago Paranoá, local onde foi gravado o DVD]. O pôr do sol ficou lindo no DVD. Brasília me recebe muito bem e eu gosto de fazer muitas coisas voltadas pra cá.

No seu DVD anterior você tinha várias participações, desta vez está sozinho. É um amadurecimento?

Esse DVD é mais 'puro sangue'. O meu último DVD foi muito legal, cheio de participações. Naquele trabalho eu consegui diversificar meu estilo, sair um pouco do sertanejo. Tanto é que "Atrasadinha" é uma música com pagode. E este novo trabalho solo foi pelo fato da minha maturidade, gravar um DVD puro sangue, de cara limpa, só eu e meu público. Resolvi vir sozinho e estou muito contente com esse repertório que eu montei, acho que o público vai gostar demais do resultado.

Além do sertanejo, você flerta bastante com o pagode. Quais são suas referências?

Esse meu novo DVD não é 100% sertanejo. Sou cantor sertanejo, mas gosto muito de implantar alguns elementos de outros estilos musicais que eu curto nas minhas músicas. Acho que todos aceitam muito bem isso, curtem demais essa característica da minha carreira. Neste DVD eu gravei dois pagodinhos, uma bachata, e são grandes apostas.

Qual música é a sua aposta que vai estourar neste DVD?

Esse repertório foi montado com muito carinho, há muito tempo. Assim que terminamos a gravação do segundo DVD, no Rio de Janeiro, já comecei a escutar músicas pro outro projeto, então começamos faz tempo. Todas as músicas são apostas pra mim, eu gosto de todas. Gravei sete músicas inéditas. Tem uma que tenho carinho especial por ela, que se chama "Hoje eu vou beber".

E nesta música você diz "Hoje eu vou beber por sua culpa". Quem já te fez beber assim?

Já bebi demais por muita gente. Hoje em dia nem preciso mais de motivo pra beber. Mas já tive muitos motivos (risos). Os relacionamentos que a gente tem ai na vida fazem a gente beber às vezes.

*Com reportagem de Lucas Pasin

Felipe Araújo (Foto: Dilson Silva / Agnews)

Sobre o autor

Leo Dias é jornalista e apresentador do programa “Fofocalizando”, do SBT. Foi correspondente internacional da rádio portuguesa RDP, passou pelas TVs Bandeirantes e RedeTV! e apresentou um programa na rádio FM O Dia, líder de audiência no Rio de Janeiro, onde entrevistava políticos, jogadores de futebol, dirigentes e muitos artistas. Assinou uma coluna de celebridades no jornal "O Dia" e também esteve nos jornais "Extra" e nas revistas "Contigo", "Chiques e Famosos", "Amiga" e "Manchete". Apesar dessa experiência, sempre se definiu como repórter, tamanha paixão pela apuração da notícia e pela vontade em produzir conteúdos exclusivos.Polêmico, controverso e dono de uma forte personalidade, Leo conquistou um público cativo por dar notas explosivas e audaciosas num mundo artístico mais conservador. Seu lema: “A fama tem um preço estou aqui para cobrar”.

Sobre o blog

Notícias exclusivas sobre o mundo das celebridades e os bastidores do show business no Brasil.

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