"Elenco de "A Fazenda 11" é o que mais vai render", diz diretor do reality
Leo Dias
15/09/2019 06h27
Rodrigo Carelli (Foto: Antonio Chahestian/Record TV)
Na próxima terça-feira (17), 'A Fazenda' abre a porteira para sua 11ª temporada, prometendo muita diversão, festas, romances e, claro, tretas. Ao menos é essa a avaliação do homem que comanda o programa, o diretor de realities da Record TV, Rodrigo Carelli, que conversou com o Blog do Leo Dias e afirmou que praticamente para a própria vida por causa da Fazenda. "Quase não sobra nada de vida social. Vivo só na loucura do trabalho mesmo", diz.
O diretor diz que elenco do reality, que só será divulgado na estreia da nova temporada, é bastante diverso, mas uma marca presente a todos os participantes é a competitividade. "Não tem ninguém que está só por estar, só para aparecer. Eles estão para competir, para tentar ganhar", diz Carelli, que aposta bastante no desempenho do grupo. "Esse é o elenco que eu tenho mais certeza que vai render, independente de a pessoa ter fama ou não".
Aliás ser famoso não é garantia de nada em 'A Fazenda', segundo o diretor. "A fama é importante apenas em um primeiro momento para o público identificar o participante, mas, depois que começa o jogo, é como se zerasse tudo. O que importa são eles como participantes daquele reality show", diz ele.
Em relação a Marcos Mion, apresentador do programa pelo segundo ano consecutivo, Carelli revela que a maior contribuição dele ao reality é a forma como se mostra próximo ao púbico, fã de 'A fazenda'. "Ele deu à figura do apresentador a visão do público. Parece que ele está assistindo ao programa junto da pessoa, no sofá de casa", ressalta do diretor
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Apesar de toda a experiência que tem à frente da 'Fazenda' e de escolher muito bem personagens para 'render' no programa, expondo suas personalidades, Carelli diz que é impossível prever, de fato, o desempenho de cada um. "Depende de tudo o que vai acontecer com todos os outros. Isso, a gente só vai descobrir junto com o público", conta o diretor, que revela ainda que sempre que ele e sua equipe tentam antever como um ou outro participante vai agir, acabam errando, em função da imprevisibilidade desse reality rural, onde, realmente, tudo pode acontecer.
Leia e entrevista com Rodrigo Carelli:
BLOG DO LEO DIAS – O que muda na sua vida quando começa A Fazenda?
RODRIGO CARELLI – Quase não sobra nada de vida social. Vivo só na loucura do trabalho mesmo, até porque, como eu sou diretor do núcleo de realities, além da 'Fazenda', cuido de outros programas. Até essa última semana, estava por conta da final do 'Dancing [Brasil]', e a gente começa a gravar o 'Canta Comigo' ainda esta semana. Mas, em relação à 'Fazenda', realmente, eu me dedico muito. Nos dias de ao vivo, estou lá fazendo a transmissão, estou sempre checando todas as edições de todos os programas. É bem puxado mesmo. São três meses que a gente fala que é um confinamento também, com uma dedicação total ao programa.
Você concorda que é o conflito que gera mais interesse para um reality show?
Concordo, só não acho que necessariamente conflito seja briga. Existem vários tipos de conflito. Tem conflitos até meio políticos entre os participantes, porque, como tem votação toda semana, eles usam de várias estratégias, como 'eu preciso agradar esse aqui para ele não votar para eu ir para a roça'. Tem todo um jogo de xadrez, que é conflituoso, complexo e muito rico. E, claro, no meio disso tudo, às vezes, tem treta, tem briga também. As pessoas gostam de acompanhar esses meandros, e é isso tudo que, inclusive, vai fazendo o público ter mais ou menos empatia por alguém.
A boa escolha do elenco é fundamental para a Fazenda, não é?
Com certeza. É fundamental porque a gente tem que escolher pessoas que vão render. O que é render? É ter pessoas que vão expor as personalidades delas, que não vão ficar dentro de si mesmas. Elas vão expor o que pensam, o que querem. Só que uma coisa que a gente não sabe mesmo é o que vai ser esse 'render'. Depende de tudo o que vai acontecer com todos os outros. Isso, de fato, a gente não sabe. Vai descobrir junto com o público.
Mas pelo comportamento delas na vida, já que são pessoas públicas, já dá para ter uma noção, prever o que vai acontecer. Ou não?
Ninguém consegue prever e toda vez que a gente tenta, a gente erra, porque acontece de tudo. Já aconteceu de pensarmos que uma pessoa iria implicar com todo mundo, só que antes de ela implicar, todo mundo implicou com ela antes porque sabia que ela poderia implicar, e, aí, num caso como esse, ela vira a vítima, não mais a pessoa que ataca.
Rodrigo Carelli (Foto: Antonio Chahestian/Record TV)
Ser vítima em reality show é bom?
Nem sempre, mas muitas vezes é. Depende muito das circunstâncias. Se a pessoa se coloca como vítima de uma situação específica, às vezes, não é bom. Mas, se ela é atacada por vários, e o púbico percebe isso como uma covardia, às vezes, dá certo. Mas, de novo, não tem muita fórmula, não.
Como é o perfil do elenco de A Fazenda 11?
É bem heterogêneo. Uma coisa que posso falar desta edição é que todos são muito competitivos. Não tem ninguém que está só por estar, para aparecer. Eles estão para competir, para tentar ganhar.
Esse elenco, mantido em sigilo até agora, está fechado desde quando? Foi muito difícil acertar a participação de algum dos integrantes?
Os participantes estão definidos já há cerca de um mês, e não teve nenhum que tenha sido muito difícil para fecharmos. A dificuldade que, normalmente, temos é em relação a detalhes do contrato, mas fazemos questão de explicar a real, para eles terem noção de onde estão entrando. Tem um ponto que todo mundo faz uma cara meio assustada, que é quando a gente relembra uma coisa que é óbvia, que é aquele lance da desconexão com o mundo aqui fora. Realmente, você não vai poder falar com a sua família, realmente você não vai poder pegar o seu celular. Tem gente que tem a ilusão de que o reality show não é tão rígido como é.
Não há contato mesmo com o mundo exterior?
Não. Até mesmo o caseiro ou pessoas que vão à casa para falar dos cuidados com os bichos, por exemplo, tem uma comunicação restrita com os participantes, e toda vez que alguém tenta falar alguma outra coisa com eles é ignorado.
Pode-se dizer que o grupo desta edição é o seu 'elenco dos sonhos'
O que eu posso dizer é que esse é o elenco que eu tenho mais certeza que vai render, que é o típico elenco da Fazenda, independente de eles terem fama ou não.
Entrar no programa sendo famoso é importante?
A questão da fama é importante em um primeiro momento para o público identificar o participante, mas, depois que começa o jogo, o que importa são eles como participantes daquele reality show. Já tivemos vários casos de pessoas que ficaram mais famosas que o cara que entrou mais famoso que elas. Então, é como se zerasse tudo e começasse a história ali, no programa.
Marcos Mion e Rodrigo Carelli (Foto: Reprodução/Internet)
O Marcos Mion se encaixou perfeitamente à 'Fazenda'. Qual a principal contribuição dele para o programa?
Ele fez uma coisa importante que é dar à figura do apresentador a visão do público. Ele representa a pessoa que está em casa, o fã do programa. O Mion parece que está assistindo junto da pessoa, no sofá da casa dela. É realmente como se fosse uma companhia de quem está assistindo.
O que o telespectador pode esperar de 'A Fazenda 11'?
Vai ser uma jornada em que as pessoas vão se divertir muito. Vai ter muita festa, muito romance, muita briga, acho que vai ter de tudo. Vai ser muito divertido acompanhar.
* Com colaboração de Geizon Paulo
Sobre o autor
Leo Dias é jornalista e apresentador do programa “Fofocalizando”, do SBT. Foi correspondente internacional da rádio portuguesa RDP, passou pelas TVs Bandeirantes e RedeTV! e apresentou um programa na rádio FM O Dia, líder de audiência no Rio de Janeiro, onde entrevistava políticos, jogadores de futebol, dirigentes e muitos artistas. Assinou uma coluna de celebridades no jornal "O Dia" e também esteve nos jornais "Extra" e nas revistas "Contigo", "Chiques e Famosos", "Amiga" e "Manchete". Apesar dessa experiência, sempre se definiu como repórter, tamanha paixão pela apuração da notícia e pela vontade em produzir conteúdos exclusivos.Polêmico, controverso e dono de uma forte personalidade, Leo conquistou um público cativo por dar notas explosivas e audaciosas num mundo artístico mais conservador. Seu lema: “A fama tem um preço estou aqui para cobrar”.
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