O cara do momento no funk: Kevin O Chris vê cachê crescer 700% em um ano
Leo Dias
02/05/2019 11h10
Kevin O Chris (Foto: Felipe Braga)
Foi só Kevin O Chris descer do palco do Lollapalooza 2019, após participar do show do rapper Post Malone – um dos momentos altos do evento – que seu cachê dobrou, de R$ 20 mil, ele passou a não aceitar shows que paguem menos de R$ 40 mil. Valor que há um ano alcançava no máximo R$5 mil por apresentação, um crescimento que representa 700% a mais em seu cachê do início de 2018. Se tornando o cara do momento no funk, ele virou uma fábrica de hits e ocupa, há seis semanas, o 1º lugar no Youtube Brasil e está no 'Viral Global' do Spotify e das paradas no país.
Em conversa exclusiva com o Blog do Leo Dias, o funkeiro – que nasceu na comunidade do Barro Vermelho, em Duque de Caixas, Baixada Fluminense, e atualmente vive na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio – conta como começou sua carreira na música, aos 13 anos, e chegou até o momento onde vira essa fábrica de hits.
Ainda sobre os números de Kevin O Chris, a música "Ela é do Tipo" está no "Viral Global" do Spotify e nos top Brasil e Portugal, com mais de 23 milhões de streams. Fora isso ele tem 24 milhões de visualizações no Youtube com apenas dois meses de canal, e uma média de crescimento de 30 mil seguidores por semana no Instagram. Entre as músicas mais tocadas, além de "Vamos Pra Gaiola" (a mais tocada, com 43 milhões de streams), o funkeiro tem ainda no top hits o "Medley da Gaiola", "Dentro do Carro" e "Finalidade Era Ficar em Casa."
"Fui aprendendo uma coisa de cada vez. Primeiro aprendi a discotecar, depois a produzir, logo me descobri escrevendo umas letras de música, e há um ano e meio comecei a cantar. Ser esse 'faz tudo do funk', produzindo, compondo e cantando, é algo que me ajuda bastante, mas não me vanglorio disso não. As minhas paradas dão certo porque eu tenho a ideia da música e eu mesmo faço todo o processo dela. Essa é uma grande sacada. Tenho feito uma média de 20 shows por mês. Esse ano tenho trabalhado bastante. Devo ter feito uns 76 shows de janeiro pra cá", revela o funkeiro ao blog.
As músicas de Kevin O Chris estão tão tocadas no Brasil, que ficou impossível Post Malone não notá-lo quando esteve no país, surgindo daí o convite para o show. O rapper, antes da apresentação no Lollapalooza, tirou uns dias de folga no Rio de Janeiro, onde alugou uma casa no bairro do Joá, e, em suas várias festas, percebeu que o funkeiro do momento era a mais pedida e com as canções que mais empolgavam seus convidados, principalmente as mulheres.
Kevin O Chris (Foto: Felipe Braga)
"Foi irado receber o convite para o show dele. O empresário entrou em contato e me disse que onde eles estavam no Brasil tocava as minhas músicas. Foi uma grande oportunidade e eu fiquei sem acreditar, mas muito feliz. Foi o maior público que eu já me apresentei", relembra.
Mesmo com sua rotina mudando de uma hora para outra, o funkeiro conta que nas horas vagas não perde sua essência e preza por estar sempre com os amigos "queimando uma carne, tomando cerveja e ouvindo funk". Ele conta como o dinheiro já mudou a vida: "Pude dar uma casa pra minha família, montar meu próprio estúdio e comprar um carro. Quero sempre continuar ajudando minha família e o resto vai vir com o tempo."
Para quem não conhece o famoso 'baile da gaiola', que ele cita em suas músicas, Kevin O Chris tenta definir. "O funk é o ar que eu respiro, mudou minha vida. E o baile é um espaço de onde saem muitos talentos do funk. Um espaço para quem curte o ritmo e pode se divertir sem preconceitos. Todo mundo, algum dia, deveria brotar lá pelo menos uma vez", diz ele, que no próximo dia 9 de maio lança seu novo clipe, da música "Ela é do Tipo".
*Com reportagem de Lucas Pasin
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Sobre o autor
Leo Dias é jornalista e apresentador do programa “Fofocalizando”, do SBT. Foi correspondente internacional da rádio portuguesa RDP, passou pelas TVs Bandeirantes e RedeTV! e apresentou um programa na rádio FM O Dia, líder de audiência no Rio de Janeiro, onde entrevistava políticos, jogadores de futebol, dirigentes e muitos artistas. Assinou uma coluna de celebridades no jornal "O Dia" e também esteve nos jornais "Extra" e nas revistas "Contigo", "Chiques e Famosos", "Amiga" e "Manchete". Apesar dessa experiência, sempre se definiu como repórter, tamanha paixão pela apuração da notícia e pela vontade em produzir conteúdos exclusivos.Polêmico, controverso e dono de uma forte personalidade, Leo conquistou um público cativo por dar notas explosivas e audaciosas num mundo artístico mais conservador. Seu lema: “A fama tem um preço estou aqui para cobrar”.
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