Sem temer rejeição, Aline Riscado é coroada rainha no lugar de Sabrina Sato
Sem medo da responsabilidade que é substituir Sabrina Sato e negando qualquer rivalidade com a japa, a atriz e dançarina Aline Riscado foi coroada na madrugada deste domingo a nova rainha de bateria da Unidos de Vila Isabel, na quadra da escola, localizada na Zona Norte do Rio de Janeiro.
A coroação, marcada por uma grande festa, contou com as presenças dos governadores do Rio, Wilson Witzel, e de Brasília, Ibaneis Rocha, patrocinador do enredo "Gigante pela própria natureza: Jaçanã e um índio chamado Brasil", do carnavalesco Edson Pereira, que fará uma homenagem à capital do país.
O Blog do Leo Dias esteve presente à festa que coroou Aline Riscado e conversou com ela. Apesar de desconversar quando perguntada sobre o namoro com o astro de Hollywood Marlon Wayans, do filme 'As Branquelas', a atriz garantiu que o coração está feliz e que, profissionalmente, não descarta a possibilidade de uma carreira internacional.
Quase veterana no posto de rainha de bateria, Aline – que já esteve à frente dos ritmistas da carioca Caprichosos de Pilares e da paulistana Acadêmicos do Tucuruvi em outros carnavais – revelou não ter vivido, até agora, nada parecido com o que está vivendo ao assumir o posto na escola de Noel. Ela confessou ainda não ter medo de ser rejeitada pela comunidade da qual passou a ser rainha por ter entrado no lugar de Sabrina Sato. Segundo Aline, todos – da Velha Guarda até a ala das crianças – a têm recebido muito bem.
Leia a entrevista com Aline Riscado:
Blog do Leo Dias – Em uma escala de zero a dez, qual o seu grau de nervosismo, agora, momentos antes de ser coroada como rainha de bateria da Vila Isabel, e como você imagina que ele estará em fevereiro, prestes a entrar na Sapucaí no seu primeiro reinado à frente da escola?
Aline Riscado – Nesse momento, uns oito, mas, no Carnaval, acho que vai estar 40, um milhão, sei lá, mas muito mais que dez.
Você já foi rainha de bateria na Caprichosos de Pilares, no Rio, e na Acadêmicos do Tucuruvi, em São Paulo, mas agora encara, pela primeira vez, essa responsabilidade à frente de uma escola do Grupo Especial do Rio. Como já está sendo essa experiência?
Está sendo uma experiência única. A Vila [Isabel] é uma escola muito tradicional do Grupo Especial do Rio. [Tudo nela] é muito forte, é muito grande, é muito intenso. A repercussão de ser rainha de bateria aqui tem sido diferente de tudo o que eu já vivi antes. É uma baita responsabilidade. Estou muito feliz e me dedicando muito para dar o meu melhor.
As fantasias das rainhas são um espetáculo à parte nos desfiles. Você já tem ideia de como vai ser a sua?
Ainda tem muito tempo pela frente, mas já comecei a conversar com o Edson [Pereira], que é o carnavalesco, e com o Henrique Filho, que é quem vai fazer a minha fantasia. O Henrique é o responsável, inclusive, por um dos meus figurinos hoje, na coroação. Os outros dois modelos que usei na coroação têm a assinatura do Alberth Franconaid e confecção do VJ Junior.
A responsabilidade de substituir Sabrina Sato, que tem forte identificação com a escola e é muito participava na comunidade, te assusta?
Realmente é um desafio, mas eu gosto de desafios. É uma honra substituir a Sabrina, que foi rainha da escola com tanto prestígio durante nove anos. Eu sou fã dela. Me inspiro na Sabrina já desde muito tempo, tanto como pessoa quanto no profissional e no Carnaval. Quero dar o máximo possível para suprir todas as necessidades que a escola espera de uma rainha de bateria e, ao menos, chegar aos pés do que ela foi para a escola.
Você tem medo de sofrer algum tipo de rejeição por parte da comunidade, a exemplo de outras rainhas e madrinhas que substituíram outras figuras consagradas como a Sabrina?
Eu estou sendo muito bem recebida. Todas as pessoas que eu já conheci na escola até hoje têm me recebido de braços abertos. Fico muito feliz porque, da Velha Guarda até às crianças, passando pelas passistas e pela presidência, todo mundo me recebeu super bem até agora, e eu acho que vai ser sempre assim, com uma boa energia.
A Sabrina não pôde passar o bastão na sua coroação, por causa de uma viagem em família. Em função disso, surgiram boatos de uma suposta rivalidade entre vocês. Como você vê esse tipo de intriga colocando duas mulheres famosas uma contra a outra neste momento em que se fala tanto de sororidade [união e aliança entre mulheres, baseada na empatia e no companheirismo]?
Isso é muito chato porque está acontecendo exatamente o contrário do que se está pregando tanto, que é a sororidade, o feminismo. Eu e Sabrina não temos absolutamente nada uma contra a outra. Pelo contrário! Eu sempre falei que ela era uma inspiração em vários momentos da minha vida. Ela teve o tempo dela aqui [na Vila Isabel]. O ciclo dela se encerrou e alguém tinha que entrar no lugar. Eu entrei e estou honrada por isso. A gente deseja o bem uma da outra. Hoje mesmo, ela me mandou uma mensagem me desejando tudo de bom no meu novo reinado. Não existe nada além de só coisas boas entre a gente.
Como surgiu a sua relação com o Carnaval?
Eu nasci no Méier e acho que todo carioca gosta de Carnaval. Eu sempre curti, mas minha mãe nunca foi de me levar em quadra de escola de samba, apesar de eu adorar a festa e brincar o Carnaval de outras formas. Mas a minha relação com Carnaval de desfile começou quando eu entrei para a Caprichosos de Pilares [no Carnaval de 2014]. Foi o primeiro ano em que eu tive experiência, que eu entendi como é uma comunidade dentro de uma quadra, como funciona o amor que cada um tem por sua escola, por sua bandeira.
O Carnaval passado rendeu até um namoro para você. Como tem sido essa relação à distância com o Marlon Wayans [astro americano de Hollywood, conhecido pelo filme 'As Branquelas']?
Eu gostaria de não falar da minha vida pessoal porque a gente está vivendo um momento de Carnaval, de trabalho… Tem tanta coisa na minha cabeça para falar de vida pessoal…
Mas e o coração como está?
O coração está bem, está muito feliz.
Você tem crescido bastante como atriz. Tem pretensões de uma carreira internacional, em Hollywood?
Eu não descarto nada na minha vida. Eu sou uma artista que, a cada dia, descubro uma coisa nova que eu gosto de fazer. Não gosto de me limitar. Gosto de viajar, de estar lá fora… Quero crescer cada vez mais profissionalmente e, quem sabe, futuramente, ter uma carreira no exterior. Nada me impede.
Por falar em cinema, você esteve em 'Os Farofeiros', que deve ter uma continuação. Como estão os preparativos para esse novo filme?
Temos previsão de gravar 'Os Farofeiros 2' já no início do ano que vem. Inclusive, na segunda-feira passada, o filme foi exibido na TV aberta com recorde de audiência, o que é motivo de muito orgulho para mim.
Você ganhou projeção como garota-propaganda de uma famosa marca de cerveja e muita gente usa a Verão como referência para se referir a você? Você teme ficar marcada apenas por essa personagem, a exemplo da atriz do 'primeiro sutiã', o 'baixinho da Kaiser', o 'homem do Bombril' ou o rapaz do 'Quer Pagar Quanto das Casas Bahia'?
Não, e sabe por quê? Estou há cinco anos com essa parceria com a Itaipava e já fiz tantos trabalhos, tantas personagens que acho que, se esse medo fosse bater, já passou, porque eu nunca tive. Graças a Deus, meu nome é conhecido, e eu consegui me desvincular da personagem [Verão] por causa de outros trabalhos que eu tenho feito.
* Com reportagem de Geizon Paulo
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