Brasileira briga por pensão com ícones da TV do México e estampa jornais
Natália Subtil, atriz e modelo, passa longe dos holofotes da imprensa no Brasil, onde nasceu, no Rio de Janeiro, mas vive um drama que há dois anos virou um escândalo no México, envolvendo uma das famílias mais ricas e conhecidas do país. Ela teve uma filha com Sérgio Mayer Mori – filho da atriz Bárbara Mori (a Rubi, da novela da Televisa exibida no Brasil pelo SBT) e de Sérgio Mayer (famoso pelo papel de Luigi em "A Feia Mais Bela"). O que era pra ser fruto de uma paixão avassaladora, virou um sofrimento que a transformou em celebridade no país, estampando revistas e jornais.
A brasileira e o filho da família Mori se conheceram em 2016 durante a gravação de um filme – "Um Padre No Tan Padre", da Netflix – e viveram um relacionamento rápido, com o anúncio da gravidez logo após as filmagens. O ator de família poderosa não quis assumir a paternidade, o que, em pouco tempo, chegou ao ouvido dos jornalistas. A brasileira, sabendo que não receberia ajuda e com medo de não ter dinheiro para sustentar o bebê, topou por dinheiro um ensaio nu para a "Playboy" no México, iniciando o que a tornaria capa de muitas revistas.
Atualmente, quase três anos depois, mãe da pequena Mila, Natália já conseguiu que Sergio reconheça a filha. Mas, até hoje, implora por ajuda financeira para criar a menina. Com medo pelo "poder" da família Mayer Mori no México e por perder qualquer oportunidade de trabalho no país, ela foge da Justiça e busca incansáveis acordos.
Leia a entrevista completa com Natália Subtil:
Blog do Leo Dias – Como foi quando você soube que estava grávida?
Natália Subtil – Nosso relacionamento terminou no momento em que soube que estava grávida, ele realmente não queria uma filha. Nessa época eu fui morar com uma amiga, não tinha como trabalhar para manter uma casa. Foi aí que recebi o convite para a "Playboy". Aqui, a revista é supervalorizada. Aceitei porque precisava pagar um aluguel e não viver de favores, precisava comprar o enxoval do bebê, fazer meu pré-natal, tudo sozinha. Inclusive pagar o meu parto.
E quando foi que a notícia da gravidez chegou aos ouvidos da imprensa?
Foi rápido. Estava com quatro meses de gravidez e uma revista de fofoca aqui descobriu e me procurou. Dei uma entrevista falando que ele não queria assumir. A partir disso virei um dos principais assuntos no México. A minha sorte é que apesar da família Mori ser muito famosa aqui, eu não virei odiada ou com fama de aproveitadora. Fui aceita e contei a minha história para todos os programas de televisão. Até nos programas latinos nos Estados Unidos eu fui.
A fama fez com que a família Mori te procurasse?
Quando a minha filha nasceu ele a reconheceu, pediu perdão por tudo, disse que estava um pouco perdido. Até cheguei a morar um tempo na mansão deles após o parto. Como eu morava sozinha e fiz cesária, eles me convidaram para ficar na casa deles até eu me sentir bem. Me prometeram ajuda. Mas eu ficava lá sozinha, era tudo por aparência. Até que eu fiquei bem e fui para a minha casa. Desde então eles continuaram a demonstrar que não estão preocupados com a neta. Ele reconheceu a filha e nunca me ajudou com nada.
Você nunca foi em busca de uma pensão após o reconhecimento da paternidade?
Muita gente pensa que eu ganho uma pensão milionária e eu não ganho nada. O avô dela, que atualmente é político por aqui, me dá uma ajuda de vez em quando, mas é muito para garantir a sua imagem, nunca passou de uma compra de mercado. É só quando passo realmente uma necessidade. Nunca recebi uma ajuda mensal. A avó (Bárbara) me procurou pouquíssimas vezes, quando convém. Minha filha entrou esse ano na escola e eles fizeram um acordo para cada avô pagar metade, mas é um sofrimento receber. Esse mês já me falaram que não vão pagar. O pai da minha filha não me ajuda em nada. Está há oito meses sem vê-la. E não é porque ele a procurava antes, mas sim, porque a encontrava quando eu necessitava deixá-la na casa dos avós para trabalhar.
E por que nunca acionou a Justiça?
Medo. Aqui dá cadeia não pagar pensão também. Mas não tive coragem de me meter com uma família tão poderosa. Tenho medo que tirem minha filha. Tenho 31 anos e preciso trabalhar aqui como modelo, e tenho medo que façam algo que não consiga mais trabalhar. Talvez seja difícil para as pessoas entenderem isso, mas estou sempre em busca de acordos com eles. Eu me mantenho sozinha e os advogados aqui são muito caros e a defensoria pública não funciona. Para vencer uma família como a Mori eu precisaria de um desgaste e muito dinheiro.
Voltar para o Brasil não é uma opção?
O pai da minha filha precisaria aprovar o passaporte dela e a viagem para o Brasil, até isso ele encrencou, mas eu consegui. Tenho família no Rio de Janeiro mas tenho medo de voltar e não conseguir trabalhar, estou muito tempo fora. Aqui, pelo menos, consigo fazer capas de revistas, ensaios de moda, estarei em uma capa importante essa semana. Eu tenho medo de voltar e ficar desempregada. Às vezes esse drama todo me cansa, fico triste, depressiva, quero largar tudo e voltar para o meu país, mas tenho medo de ser ainda pior para a minha filha. Em junho estarei de visita no Brasil.
*Com reportagem de Lucas Pasin
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